01/12/2023 as 01:26:16 | por Redação |
O delegado Alex Bonfim Reis, da Divisão de Investigações Criminais da Polícia Civil do município de Brusque (SC), disse que a prisão do vereador Jocimar dos Santos (DC), realizada nesta quinta-feira, 30, tem como fato o flagrante de uma ação ilegal conhecida no meio político por “rachadinha”. A denúncia veio do seu suplente, Eder Leite.
De acordo com as informações, o Vereador Jocimar dos Santos pediu licença e no seu lugar indicou o suplente. Mas segundo conversas preliminares, ele exigiu que Eder Leite pagasse metade do salário para que ele exercesse o cargo.
No primeiro momento, o suplente aceitou e assumiu o cargo, pensando que o acordo não aconteceria, porém o vereador licenciado voltou a conversar com Eder Leite exigindo os 50% do salário.
Diante disso, o vereador suplente procurou o Ministério Público para informar os fatos, que então acionou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
“Já com o Gaeco sendo informado, o vereador suplente marcou um local com Jocimar dos Santos para entregar mais de R$ 1,7 mil, equivalente aos primeiros 9 dias trabalhados como suplente. No momento que aconteceu essa entrega, os policiais do Gaeco realizaram a prisão do vereador e o conduziram para a delegacia de Brusque”, contou o delegado Alex Bonfim Reis.
O vereador suplente, inclusive, chegou a gravar conversas com o Jocimar dos Santos para comprovar que não estava de acordo com a situação ilícita.
Ambos foram ouvidos pela polícia e agora o vereador Jocimar dos Santos continuará preso na Delegacia da Polícia Civil e na sexta-feira, 1º, deve ser encaminhado para UPA, onde ficará à disposição da justiça de Brusque.
DC
Andre Vechi (DC) prefeito de Brusque, mesmo partido dos dois envolvidos no esquema de corrupção não quis se manifestar a respeito. O Democracia Cristã (DC) é um partido político brasileiro de centro-direita de orientação democrata cristã.
A rachadinha é uma prática ilegal na qual o gabinete de um parlamentar contrata funcionários, mas impõe a condição de que eles "devolvam" parte dos salários. Muitas vezes, são funcionários fantasmas, que nem vão aos gabinetes