10/07/2022 as 23:21 | por Sinval Campelo |
Uma festa de aniversário de família e amigos petistas acabou em tragédia na madrugada deste domingo, em Foz do Iguaçu (Paraná) e poderia ter sido pior. Com a sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi) decorada com bandeiras e pôster do líder Lula, o guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava 50 anos, esperava ter com amigos e família uma comemoração tranquila pela passagem dos seus 50 anos, quando o policial penal federal, Jorge José da Rocha Guaranho invadiu o local gritando “Bolsonaro” e “mito” e disparou contra o aniversariante que conseguiu pegar sua arma e revidar. O petista aniversariante morreu e o bolsonarista extremista ficou ferido.
Entenda o caso
Segundo o registro do boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná, o bolsonarista Guaranho não foi convidado para festa e muito menos era conhecido da vítima. Testemunhas contam que, ele chegou ao local em um carro e saiu do veículo com arma na mão e gritando "aqui é Bolsonaro", tentando intimidar todos que estavam na festa. Garanhos estava acompanhado da esposa e de uma criança de colo.
Diante do inusitado, a esposa do aniversariante Arruda se identificou e mostrou o distintivo de policial civil, mandando Guaranho se acalmar e ir embora. Só que depois de 20 minutos, o extremista bolsonarista retorna ao local da festa petista e começou um tiroteio sendo que Arruda recebeu os dois primeiros tiros, disparados por Guaranho. Já caído e ferido, o guarda municipal conseguiu fazer disparos e acertou o policial penal com três tiros, evitando uma chacina por divergências políticas, segundo o boletim de ocorrência.
O socorro foi acionado e os dois foram socorridos e encaminhados ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, de Foz. A última informação prestada por médicos do hospital é de que Guaranho está vivo, mas em estado grave. A cidade está em polvorosa e Policiais militares e Polícia Civil resguardam o hospital e mantém o policial penal bolsonarista sob custódia.
Segundo a imprensa de Foz do Iguaçu, Arruda deixa esposa, quatr4o filhos e um bebê de apenas 1 mês. Foi guarda municipal por 30 anos e nas eleições de 2020 se candidatou à prefeito de Foz do Iguaçu.
A paranaense Gleise Hoffmann, presidente do PT, se pronunciou sobre a tragédia nas redes sociais e destaca que Arruda morreu “devido ao fruto da intolerância dessa turma”. Gleise, quando postou no twitter não sabia que o policial bolsoarista continua vivo.
Confira a publicação:
Nosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa c/arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma.