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19/03/2022 as 20:04 | por Cristina Tordin-MTb28.499/SP |

Estudo com macrófita aquática auxilia no estabelecimento de limite de concentração de nanoprata

Os resultados ampliam a base de dados ecotoxicológicos relacionados aos efeitos de nanopartículas de metais em macrófitas aquáticas.

Fotografo: Divulgação
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Lentilha d´água.
  • Com propriedades óticas, elétricas, térmicas e antimicrobianas, nanopartículas de prata têm sido aplicadas em diversos setores, como em sensores químicos, biológicos e em materiais cirúrgicos.
  • No setor agrícola, formulações a base de nanopartículas de prata ajudam a prevenir patógenos vegetais por meio da desinfecção de sementes e controle de doenças de plantas causadas por bactérias.
  • Filmes poliméricos com nanopartículas de prata fornecem atividade antimicrobiana para embalagens alimentícias.

 

Estudo desenvolvido na Embrapa Meio Ambiente avaliou os efeitos da nanopartícula de prata estabilizada em polivinil álcool sobre o crescimento, teor de clorofila e produção de biomassa da lentilha-d'água (Lemna minor), planta aquática normalmente utilizada em testes de ecotoxicidade de poluentes ambientais.

Constatou-se que as nanopartículas causaram efeitos adversos no crescimento da lentilha-de-água e na produção de biomassa, bem como levaram ao decréscimo no teor de clorofila, o qual se tornou mais evidente conforme o aumento da concentração.

O efeito da nanopartícula de prata, sob a taxa de crescimento da planta foi avaliado ao longo de 7 dias, contando o número de frondes (folhas). Observou-se que em altas concentrações, menos frondes foram produzidos em função do tempo, o que sugere que concentrações mais altas das nanopartículas podem ter limitado elementos necessários para o metabolismo e desenvolvimento da planta, como o processo fotossintético e uso de reservas energéticas.

De acordo com Rafaela Pereira da Universidade Paulista (Unip), que conduziu os trabalhos, as nanopartículas de prata poderiam causar alguns efeitos adversos ao meio ambiente. Entretanto, isto ocorreria com um aumento significativo de sua produção e utilização que levaria a níveis de prata total superiores aos estabelecidos pela legislação vigente. Para águas doces superficiais, destinadas à proteção das comunidades aquáticas, a concentração limite é de 0,01 miligrama por litro de prata total.

Os resultados ampliam a base de dados ecotoxicológicos relacionados aos efeitos de nanopartículas de metais em macrófitas aquáticas, permitindo fazer considerações sobre os padrões de sensibilidade das diferentes espécies potencialmente expostas aos nanocompostos. Além disso, eles podem servir como parâmetros de ecotoxicidade, junto a parâmetros para outros organismos, contribuindo para o estabelecimento da concentração máxima em compartimentos ambientais de modo a proteger comunidades expostas a nanopartículas de prata.

Efeitos

As nanopartículas são utilizadas em diferentes áreas de produção – têxtil, alimentícia, tecnológica e biomédica. Quanto à sua aplicação no setor agrícola, estudos demonstraram a inibição do crescimento de fungos como Podosphaera pannosa, Pythium ultimim e Colletotrichum gloeosporioides em vegetais, além do potencial de uso na desinfecção de sementes e bulbos.

Sendo os íons metálicos agentes promotores de estresses oxidativos, as nanopartículas de prata na dependência da concentração podem gerar danos adversos às células das plantas por consequência da liberação de íons de prata. Assim, a germinação, crescimento e até mesmo a absorção de alguns nutrientes podem ser alterados.

Considerando que o efeito fitotóxico exercido no organismo-teste estudado foi de menor intensidade comparativamente ao demonstrado pela alta sensibilidade de organismos fitoplanctônicos e zooplanctônicos, a realização de ensaios com várias espécies organismos-teste é relevante para uma avaliação de risco mais eficiente das nanopartículas de prata.

O trabalho foi feito por Rafaela Mendes Santos Pereira da Unip, Fernanda Sana Pertrini da Pontíficia Universidade Católica de Campinas, Rodrigo Castanha, Vera Castro e Claudio Jonsson da Embrapa Meio Ambiente.

Cristina Tordin (MTb 28.499/SP)
Embrapa Meio Ambiente 


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