27/10/2015 as 05:25:09 | por Redação |
As conversas via aplicativo WhatsApp entre o padre Jocerlei José Tavares, vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Universitário, em Campo Grande e uma adolescente de 16 anos podem superar 200 páginas. O padre é acusado de engravidar a menor durante encontros diurnos em motéis da Capital por nove meses.
O laudo do aparelho celular, pertencente ao padre, chegou a 200 páginas e ainda não foi finalizado. As conversas serão analisadas para depois ser expedido o juízo de valor.
De acordo com o Campo Grande News, a mãe da adolescente assegurou que o padre usou de abuso de poder para manter o relacionamento, o que foi confirmado por duas testemunhas, mas somente as conversas do aplicativo poderão direcionar o fato.
De acordo com o registro da polícia, a mãe da vítima levou a adolescente até a Santa Casa no dia 23 deste mês. A garota estava inchada, então a mãe desconfiou de problemas renais, mas ao chegar ao hospital, a vítima contou que foi estuprada por um motociclista, porém não sabia quem era.
Na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), durante depoimento, a menina sustentou a versão de estupro, apontando que conversaria sobre o caso com a mãe, quando chegasse em casa. Na residência ela foi pressionada pelos irmãos e os pais para contar a verdade, quando revelou que o suspeito seria próximo a família e frequentava a igreja.
Com isso a irmã da menina sugeriu o nome do padre, sendo confirmado pela adolescente. A irmã contou a mãe que há alguns meses, Jocerlei enviou uma mensagem pelo aplicativo Whatsapp. A menina disse que o vigário pediu para ela enviar uma foto, porém ela se recusou. Este pedido que levantou a suspeita da irmã de que o religioso poderia ser o responsável pela gravidez.
A Arquidiocese de Campo Grande emitiu nota confirmando a gravidez da adolescente. O arcebispo metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, informou que o sacerdote foi afastado do exercício público do ministério e irá prestar todos os esclarecimentos à polícia. Também frisou que vai ser dada assistência à adolescente e ao bebê.
Dourados News